Nos últimos tempos, poucas séries foram agraciadas com tantas críticas positivas, prêmios (sendo o mais notório entre eles o BAFTA de Melhor Série Dramática) e notoriedade quanto Happy Valley.
Até o presente momento, a série conta com duas temporadas de seis episódios, e seu sucesso levou-a a ser renovada para uma terceira. A primeira temporada pode ser encontrada na Netflix. Em sites especializados, no iPlayer da BBC e possivelmente nas lojas britânica e americana do iTunes, pode-se encontrar a segunda temporada, cujo último episódio foi ao ar no dia quinze deste mês.
Situada em uma pequena cidade em West Yorkshire – chamada, ironicamente, Happy Valley, visto que está muito longe de ser um “vale feliz” –, a série gira em torno da vida pessoal e profissional de sua protagonista, a sargenta Catherine Cawood, interpretada por Sarah Lancashire. Não é uma vida particularmente suave ou agradável, como a personagem indica no primeiro capítulo, quando tenta dissuadir um rapaz da ideia de cometer suicídio:
“Meu nome é Catherine, por falar nisso. Eu tenho quarenta e sete anos. Eu sou divorciada. Vivo com a minha irmã, que está se recuperando do vício em heroína. Tenho dois filhos adultos – uma está morta, o outro não fala comigo – e um neto”.
Não é preciso dizer que o rapaz – cujo maior problema consistia no término de um relacionamento amoroso – percebe que, no fim das contas, talvez ele esteja sendo um pouco dramático, e desiste da ideia de se matar.
São muitos os motivos para incluir Happy Valley em sua lista de séries por assistir – a produção da BBC, sempre impecável; as premiadas atuações de Sarah Lancashire, a heroína, e de James Norton, o vilão; o roteiro de Sally Wainwright, famosa por séries como Last Tango in Halifax e Sparkwook; e, naturalmente, um enredo que o fará entreter-se muito prazerosamente durante horas agradáveis e recheadas de tensão e suspense.