As pesquisas que serão divulgadas nesta semana sobre a disputa eleitoral em São Paulo, incluindo a Quaest na quarta-feira e o Datafolha na quinta-feira, terão grande relevância para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o empresário Pablo Marçal (PRTB), conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.
As pesquisas poderão indicar a força de Bolsonaro na maior e mais importante cidade do Brasil, especialmente após ele romper o silêncio na semana passada e criticar duramente Marçal. A crítica ocorreu após o ex-coach comparar a cadeirada que José Luiz Datena (PSDB) sofreu à facada que Bolsonaro levou na campanha eleitoral de 2018.
“Usar um episódio desse da cadeirada, que ele provocou, para buscar se comparar comigo com o Trump para conseguir o poder é lamentável. Nós podemos hoje em dia votar e errar. Agora, quando você já vota sabendo que vai errar, há uma diferença muito grande. São Paulo é capital mais importante do Brasil”, disse.
Ele ainda reafirmou o apoio ao candidato Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da capital paulista, e lembrou que foi quem indicou o coronel da reserva Ricardo Mello Araújo (PL), seu vice: “Não entrem na pilha de provocações, de fake news, de fazer meme, de fazer recortes, buscar espaço para chegar ao poder. Chegando ao poder o que ele vai dar a vocês?”.
Com essa declaração, a expectativa agora gira em torno do impacto que ela terá no desempenho de Marçal nas pesquisas.
Caso Marçal mantenha os 19% de apoio que obteve na semana passada, isso pode ser um indicativo de que Bolsonaro está perdendo a influência sobre o eleitorado bolsonarista em São Paulo, sugerindo que suas palavras já não têm o mesmo peso entre os eleitores mais radicais.
Por outro lado, se Marçal apresentar uma queda nas intenções de voto, Bolsonaro pode não ser o único responsável, mas poderá comemorar e respirar aliviado, demonstrando que sua influência ainda tem força em São Paulo.