As Forças de Defesa de Israel anunciaram, neste sábado (28), a morte de Sayyed Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, em um ataque realizado na última sexta-feira (27) nos subúrbios ao sul de Beirute, no Líbano. De acordo com o porta-voz militar israelense, Avichay Adraee, o líder foi alvo direto da ofensiva e estava reunido com outros comandantes importantes do grupo no momento do bombardeio.
O Hezbollah confirmou a morte de seu líder. “Sayyed Hassan Nasrallah, secretário-geral do Hezbollah, juntou-se a seus grandes e imortais companheiros mártires, que ele liderou por cerca de 30 anos”, disse o grupo em um comunicado.
Nasrallah, que liderava o Hezbollah há décadas, foi descrito por Adraee como um dos “terroristas mais influentes do mundo”, com um histórico de “aterrorizar Israel”. Sob sua liderança, o Líbano se transformou em uma base armada, segundo o porta-voz. O país sionista considera a morte do chefe do Hezbollah um golpe significativo contra o grupo, que é apoiado pelo governo iraniano.
Avichay Adraee sugeriu que todos os comandantes do Hezbollah presentes na reunião do grupo armado podem ter sido mortos no ataque. “O objetivo principal do bombardeio era eliminar Nasrallah e enfraquecer a capacidade de ação do Hezbollah”, explicou o porta-voz. Israel o via como “insubstituível” e acredita que sua morte pode desestabilizar o grupo.
O tenente-coronel Nadav Shoshani, também porta-voz militar do país sionista, afirmou que o país está em alerta máximo para um possível conflito mais amplo com o Hezbollah. “Esperamos que isso mude as ações do Hezbollah”, declarou Shoshani, ao comentar sobre a possível reação do grupo extremista após a eliminação de seu líder.
“Ainda há um longo caminho para degradar as capacidades militares do Hezbollah. Eles vêm realizando ataques contra nós há mais de um ano, e é seguro assumir que continuarão a tentar”, concluiu o militar.
O bombardeio israelense em Beirute na sexta-feira resultou na morte de seis pessoas e deixou outras 91 feridas, de acordo com informações do Ministério da Saúde do Líbano. O ataque ocorreu logo após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursar na Assembleia Geral da ONU para uma plateia esvaziada após delegações de diversos países, inclusive do Brasil, abandonar o local em protesto.
Nas primeiras horas de sábado (28), mais explosões foram registradas na capital libanesa, com Israel confirmando novos ataques a alvos que supostamente armazenavam armamento do Hezbollah.
A escalada de violência de Israel contra o Líbano, alegando ataques ao Hezbollah, tem causado um grande número de vítimas no país de maioria islâmica. Apenas nesta semana, 700 pessoas morreram em ataques, conforme as autoridades locais.
Entre os mortos nos bombardeios ao sul do Líbano, estão quatro crianças. Além disso, outras 25 pessoas perderam a vida em ataques na região, agravando ainda mais a crise humanitária no território libanês.
No lado israelense, as tensões também aumentaram. O Hezbollah lançou mísseis contra Haifa, a terceira maior cidade de Israel, como parte de suas retaliações. Milhares de israelenses que vivem no norte do país foram forçados a deixar suas casas devido aos constantes bombardeios do Hezbollah, segundo relatos das forças israelenses.
Em resposta, o governo de Israel prometeu que a nova fase do conflito só será encerrada quando os moradores puderem retornar com segurança às suas residências.
Apesar da pressão internacional por um cessar-fogo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rejeitou na quinta-feira (26) uma proposta de trégua de 21 dias, apresentada por países como Estados Unidos, Reino Unido e Emirados Árabes. Netanyahu afirmou que a ofensiva militar contra o Hezbollah continuará até que o grupo extremista seja completamente desmantelado.
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