Em um comunicado, o Hezbollah confirmou que seu líder, Hassan Nasrallah, foi morto na sexta, 27, num ataque de Israel. o grupo libanês classificou o ataque como “traiçoeiro” e afirmou que vai continuar a guerra “em apoio a Gaza e à Palestina, e em defesa do Líbano e de seu povo firme e honrado”.
Akiva Eldar, analista político do jornal israelense Haaretz, disse à Al Jazeera que “enquanto Netanyahu e seu governo acharem que têm carta branca e total legitimidade – consenso na opinião pública israelense – eles continuarão fazendo isso [assassinatos]”.
“Israel tem um banco de alvos. Este banco ainda não está vazio. E eles querem usar esse momento. É sábado, a comunidade internacional está dormindo, os americanos têm um presidente que está contando os dias para o fim de seu mandato”, afirmou.
“A questão é por que não fazer isso, se o preço internacional, em moeda estrangeira, é tão baixo.”
O potencial para uma grande escalada regional é alto e pode ocorrer de diferentes formas, de acordo com Sami al-Arian, diretor do Centro para o Islã e Assuntos Globais da Universidade Zaim de Istambul.
Ele disse à Al Jazeera que “uma forma obviamente é uma guerra regional da qual o Irã faria parte”.
“Mas duvido que isso seja um começo. Acho que haverá grandes ataques retaliatórios vindos do Líbano, Iêmen, Iraque e outros lugares, possivelmente. Isso pode levar a uma guerra regional, dependendo de como Israel responder”, disse al-Arian.
Ele também relatou que “aparentemente, Israel está tentando iniciar uma guerra regional, particularmente algumas semanas antes das eleições presidenciais nos EUA, tentando atrair os EUA para essa luta”, acrescentando que Israel tem “um grande interesse em tentar degradar o poder do Irã, particularmente seu programa nuclear”.
“Há também uma teoria de que o Irã estava esperando desenvolver uma arma nuclear e não queria escalar antes de realmente ter essa arma. Se isso é verdade ou não, temos que esperar para ver”, disse al-Arian.
“Não há evidências de que tenha a arma, mas possui a capacidade de tê-la, particularmente depois de ter enriquecido urânio maciçamente a ponto de poder obter uma arma nuclear em poucas semanas. Se eles tomarão a decisão de obtê-la ou não, isso ainda está para ser visto”, acrescentou.