Israel bombardeia aliados do Hamas no Iêmen e deixa mais de 1.000 mortos no Líbano

Atualizado em 29 de setembro de 2024 às 18:45
Imagem dos escombros de um prédio na vila de Ain El Delb, em Sidon, no sul do Líbano. Foto: Divulgação

Neste domingo (29), a escalada de bombardeios no Oriente Médio atingiu um novo pico, com Israel realizando ataques devastadores no Líbano e no Iêmen. As ofensivas resultaram em mais de 50 mortes, com um foco específico na eliminação de líderes do Hezbollah, incluindo a recente confirmação da morte de Nabil Kaouk, logo após o falecimento do líder do grupo, Sayyed Hassan Nasrallah.

Os bombardeios israelenses no Líbano têm sido intensificados nas últimas semanas, com o objetivo declarado de eliminar membros do Hezbollah. Desde o início dos ataques, o Ministério da Saúde do Líbano relatou mais de 1.000 mortes e cerca de 6.000 feridos.

A situação humanitária se agrava, com cerca de 1 milhão de libaneses deslocados de suas casas, o que representa quase um quinto da população do país. O ataque mais recente em Sidon deixou 32 mortos e 29 feridos, enquanto outro ataque em Baalbek-Hermel resultou em 21 mortes e 47 feridos.

Em meio à crescente violência, o Papa Francisco comentou que os ataques militares na região “vão além da moralidade”. O presidente dos EUA, Joe Biden, expressou preocupação com a situação, afirmando que uma guerra total “deve ser evitada”.

As tensões também se intensificaram com os bombardeios israelenses direcionados aos houthis, um grupo rebelde no Iêmen aliado ao Hamas, aumentando o confronto entre Israel e os aliados do Irã na região. Nasser Kanaani, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, alertou sobre as consequências das ações israelenses, enfatizando que “não podemos aceitar tais ações e elas não ficarão sem resposta”.

Imagem dos escombros de um prédio na vila de Ain El Delb, em Sidon, no sul do Líbano, após um ataque aéreo israelense. Foto: Divulgação

O Hezbollah, um grupo considerado terrorista por várias nações, tem atuado ativamente no conflito. Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, o Hezbollah intensificou suas agressões contra Israel. Em resposta a essas ações, Israel lançou uma série de bombardeios, incluindo um ataque aéreo que resultou na morte de Hassan Nasrallah, que liderava o grupo desde 1992.

Israel também realizou bombardeios contra alvos houthis no Iêmen, incluindo uma usina elétrica e um porto, impactando severamente a infraestrutura local. Os houthis, aliados do Hamas, foram acusados de operar sob a orientação do Irã para atacar Israel e desestabilizar a região.

À medida que os conflitos se intensificam, a situação humanitária no Líbano e no Iêmen se deteriora. Com as forças de defesa israelenses continuando a atacar alvos estratégicos, a necessidade de um diálogo diplomático se torna cada vez mais urgente.

O Hezbollah, que se considera um “Partido de Deus”, se estabeleceu no Líbano para se opor à presença israelense, e agora, sob pressão constante, a dinâmica da guerra no Oriente Médio está em constante evolução.

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