O candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) divulgou um laudo médico falso acusando Guilherme Boulos (PSOL ) de ser usuário de drogas. No documento fraudado, o ex-coach inventa que Boulos foi internado em 2021 em uma emergência psiquiátrica, em que teria testado positivo para cocaína.
Em resposta, Boulos desmentiu a autenticidade do laudo, afirmou que o documento é falso e que pedirá a prisão do ex-coach e do proprietário da clínica mencionada. O candidato pesolista declarou em uma live que o dono da clínica, Luiz Teixeira da Silva Júnior, é um apoiador de Marçal e publicou vídeos com ele nas redes sociais.
Em cinco pontos, já é possível comprovar a falsidade do laudo apresentado pelo candidato do PRTB. Em matéria exclusiva do DCM, mostramos que o dono da clínica deixou um rombo de R$ 50 milhões em hospital municipal.
A lei eleitoral proíbe prisões no período até a eleição, a não ser em flagrante. Esse é um flagrante explícito em que o próprio candidato postou em suas redes sociais, sem intermediários. A Justiça Eleitoral precisa agir ou prova que não serve para nada.
“Se for provado que o laudo postado por Marçal foi falsificado e publicado com a intenção de prejudicar a campanha de Boulos, podemos considerar uma hipótese de flagrante por crime eleitoral”, diz o advogado constitucionalista Gustavo Sampaio ao Globo.
“O dono da clínica tem vídeo com Pablo Marçal é apoiador dele. Ele falsificou um documento com um CRM de um médico que faleceu há dois anos para que ninguém fosse responsabilizado”, contou Boulos durante uma transmissão no Instagram após a divulgação do laudo falso.
Na data da suposta internação, ele estava distribuindo cestas básicas na favela do Vietnam, em São Paulo, e publicou imagens da ação social com a data correspondente.
É uma vergonha. Nem Malafaia engoliu. O documento, supostamente assinado pelo médico José Roberto de Souza, morto em 2022, contém um número de CRM verdadeiro, mas o nome da clínica aparece como “Mais Consulta”, quando o correto seria “Mais Consultas”.
Além disso, o neurologista Raphael Ribeiro Spera apontou que faltam elementos importantes no documento, como o carimbo e a assinatura digital. “Primeiro que não tem o carimbo do médico. Se é um documento assinado digitalmente, não tem assinatura digital nem o QR code. Isso torna bastante implausível esse documento ser verídico”, afirmou o especialista ao Globo.
A campanha de Boulos emitiu uma nota oficial classificando o ato do oponente no pleito como criminoso e garantiu que ele será responsabilizado. “O documento publicado por Pablo Marçal é falso e criminoso, e ele responderá e arcará com as consequências em todas as instâncias da Justiça — eleitoral, cível e criminal”, diz o comunicado.
Marçal é um deliquente. Sua simples presença na eleição é comprovação da falência da Justiça Eleitoral. Muito blablablá da ministra Cármen Lúcia para nada. Se não for para detrás das grades, a democracia estará morta e enterrada.
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