VÍDEO: Filha de médico morto nega assinatura do pai em laudo falso de Marçal contra Boulos

Atualizado em 5 de outubro de 2024 às 14:59
Aline Souza. Foto: Divulgação

A médica Aline Souza, filha do falecido hematologista José Roberto de Souza, afirmou em vídeo divulgado nas redes sociais que seu pai nunca trabalhou na clínica mencionou no laudo falso utilizado por Pablo Marçal (PRTB) para associar Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de cocaína .

“Aconteceu uma coisa um tanto quanto absurda no meio dessas campanhas políticas. Não sei o por que e em qual contexto foi usado o nome e o CRM [registro profissional] do meu pai pelo Pablo Marçal. A questão é muito grave, não sei até que ponto e por que usar a identidade de uma pessoa que nem está aqui”, desabafou Aline Souza.

“As coisas estão começando a ser apuradas. Mas quero esclarecer aqui que o meu pai jamais trabalhou nesta clínica que foi divulgada”, completou ela.

A médica Aline Souza, filha do médico José Roberto de Souza, afirmou em vídeo que o pai dela nunca trabalhou na clínica que aparece no falso protuário divulgado por Pablo Marçal (PRTB) para associar Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de cocaína.

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Além de Aline, outra filha do médico, Carla Maria de Oliveira e Souza, também contestou o documento, afirmando que a assinatura no laudo não era do pai. Segundo apuração do jornal O Globo, José Roberto de Souza faleceu em 2022, vítima de Covid-19, e atuou em Campinas, sem registros de atendimento em São Paulo.

O vídeo de Aline Souza soma outras evidências que apontam para a falsificação do laudo divulgado por Marçal. Entre as inconsistências estão o envolvimento do doador da clínica com o candidato, semelhanças entre a imagem divulgada e outra disponível na internet, além de contradições nas datas em que Guilherme Boulos teria sido concluído internado.

O documento falsificado, que menciona a clínica Mais Consulta, alega que Boulos foi atendido em janeiro de 2021 na unidade do Jabaquara, zona sul de São Paulo, em um surto psicótico. Segundo o laudo, um exame toxicológico teria indicado a presença de cocaína no sangue do candidato.

Diante dessas informações, Boulos, conforme antecipado pela colunista Mônica Bergamo da Folha de S. Paulo, acionou a Justiça pedindo a prisão de Pablo Marçal por falsificação de documento.

Na manhã deste sábado (5), o juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, determinou a retirada dos vídeos que divulgaram o laudo falso das plataformas Instagram, TikTok e YouTube. O magistrado considerada plausível como alegações de falsidade e destacou a profundidade do dono da clínica com o coach, além dos dados em que os vídeos foram postados, próximos à eleição.

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