Caso Marçal: Polícia Civil vai periciar laudo falso após denúncia de defesa de Boulos

Atualizado em 5 de outubro de 2024 às 17:48
Pablo Marçal (PRTB) foi atendido por Luiz Teixeira da Silva Junior em março de 2023, médico também assina laudo entregue por candidato. Imagem: Reprodução/Instagram

A Polícia Civil de São Paulo anunciou neste sábado (5) que realizará uma perícia no laudo falso divulgado pelo candidato Pablo Marçal (PRTB) sobre o suposto uso de cocaína de Guilherme Boulos (PSOL).  O delegado William Wong, do 89º DP (Portal do Morumbi), informou que a defesa do psolista registrou um boletim de ocorrência.

A perícia em questão irá comparar as assinaturas de documentos apresentados pela defesa de Boulos. Um desses documentos contém a assinatura real do médico em uma procuração, enquanto o outro é o laudo divulgado por Marçal. Essa comparação visa verificar a autenticidade das informações contidas no laudo e identificar possíveis irregularidades.

O delegado Wong também mencionou que serão ouvidos familiares do médico e o proprietário da clínica mencionada no documento falsificado. Esses depoimentos são essenciais para esclarecer a situação e determinar a veracidade das alegações apresentadas por Marçal em suas postagens.

Tatuagem mostra assinatura  verdadeira do pai de Aline Garcia, o médico José Roberto de Souza; o profissional, já morto, teve assinatura falsificada em laudo forjado de Marçal contra Boulos. Foto: TV Globo/Reprodução

Na sexta-feira (4), o influenciador Pablo Marçal publicou o laudo falso como parte de sua estratégia para vincular o candidato Guilherme Boulos ao uso de drogas. Desde a divulgação, várias evidências foram levantadas, apontando que o prontuário apresentado por Marçal foi forjado, levantando suspeitas sobre a credibilidade do candidato.

Boulos, conforme antecipou a coluna Mônica Bergamo, da Folha, solicitou à Justiça a prisão de Marçal por falsificação de documento, evidenciando a gravidade da situação e a preocupação com a integridade da campanha eleitoral.

Ainda na manhã de sábado, o juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, classificou o laudo como falso e concedeu uma liminar que determina a exclusão imediata dos vídeos publicados em plataformas como Instagram, TikTok e YouTube que faziam referência ao documento.