Seis pessoas foram infectadas por HIV, vírus causador da aids, no Rio de Janeiro após transplantes de órgãos. Os casos são investigados por sindicância instaurada pela Secretaria de Estado de Saúde, que chama o episódio de “inadmissível”.
Essa é a primeira vez que esse tipo de procedimento gera infecções por HIV no Brasil. Os testes para detecção da doença são realizados por um laboratório privado no estado, o PCS Lab Saleme, de Nova Iguaçu, que foi contratado em dezembro do ano passado.
A unidade foi suspensa logo após a confirmação dos casos e o contrato suspenso pela Secretaria de Saúde, que também criou uma comissão para dar suporte às vítimas transplantadas. As cirurgias envolvem transplantes de rins, fígado, coração e córnea.
Claudia Mello, secretária estadual de saúde, afirmou que a primeira notificação ocorreu em 13 de setembro e no último dia 2 houve a segunda confirmação. Os testes iniciais para infecção de HIV no laboratório tiveram resultado negativo antes do transplante nos dois casos.
Entre dezembro do ano passado e setembro deste ano, foram feitas 288 doações de órgãos e apenas dois deles testaram positivo para HIV. Com as infecções dos pacientes, os outros 286 passarão por novos testes para verificar infecções pelo vírus.
A Secretaria de Saúde afirmou que vai “identificar e punir os responsáveis” pelas infecções e relatou que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o Ministério da Saúde já foram notificados. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) também afirmou que instaurou um inquérito para investigar possíveis irregularidades.
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