Diferença de expectativa de vida entre homens e mulheres deve cair até 2070, aponta IBGE

Atualizado em 13 de outubro de 2024 às 14:37
Mulheres continuarão vivendo mais que os homens, aponta IBGE. Imagem: reprodução.

A diferença de expectativa de vida entre mulheres e homens no Brasil, que era de 7,8 anos em 2000, deve cair para 4,4 anos até 2070, segundo o IBGE.

Os dados do Censo de 2022 mostram que, em 2023, a expectativa de vida era de 73,1 anos para homens e 79,7 anos para mulheres. Em 2070, essas médias devem aumentar para 81,7 e 86,1 anos, respectivamente.

Como aponta o G1, a população brasileira continuará a envelhecer, com pessoas de 60 anos ou mais representando 37,8% da população em 2070. A diferença na expectativa de vida não é um fenômeno exclusivo do Brasil; globalmente, as mulheres vivem em média 75,8 anos, enquanto os homens vivem 70,5 anos.

Fatores como biologia, busca por cuidados médicos e comportamento social influenciam essa discrepância. No Brasil, as altas taxas de homicídios e acidentes de trânsito têm um impacto significativo, com 91,4% das mortes violentas ocorrendo entre homens.

População do Brasil vai encolher a partir de 2040. Foto: Divulgação

O demógrafo José Eustáquio Diniz Alves acredita que a redução da diferença está ligada à expectativa de ações mais eficazes nas políticas públicas. Apesar da diminuição, ele ressalta que a assimetria entre os sexos persistirá.

“Esses fatores ampliam a diferença na expectativa de vida entre homens e mulheres. A previsão é que, no futuro, as políticas públicas sejam mais eficientes e reduzam ainda mais essa diferença”, diz o especialista. “A diferença deve, sim, diminuir, mas ela é muito alta para ser totalmente zerada”.

Além disso, o Censo 2022 revelou que o Brasil tem 203 milhões de habitantes, com uma população cada vez mais feminina e envelhecida. A idade média dos brasileiros deve passar de 34,8 anos em 2023 para 51,2 anos em 2070 – ou seja, mais de 1 em cada 3 brasileiros será idoso. Também foi registrado um aumento na população indígena e a predominância de pessoas que se declaram pardas.

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