A Enel São Paulo se comprometeu nesta segunda-feira (14) com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a restabelecer completamente o fornecimento de energia no estado em até três dias. No início da noite de ontem, por volta das 18h30, cerca de 340 mil clientes ainda estavam sem energia, quase três dias após uma forte tempestade ter causado o apagão.

De acordo com a empresa, aproximadamente 1,7 milhão de clientes já tiveram o serviço restabelecido desde o início da interrupção. Os reparos, segundo a concessionária, “envolvem a substituição de quilômetros de cabos, postes, entre outros equipamentos”.

A Enel também informou que recebeu reforços de equipes de outras empresas e mobilizou profissionais do próprio grupo, inclusive de outras operações no exterior, somando um total de 2.900 técnicos atuando no estado.

No último domingo, representantes da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e da Aneel afirmaram que a Enel havia se comprometido, após o apagão de novembro de 2023, a implementar um plano de contingência com a presença de 2.500 funcionários. No entanto, segundo as agências, essa promessa não foi cumprida.

A crise de energia também impactou a campanha eleitoral à prefeitura de São Paulo, gerando uma troca de acusações entre os candidatos o deputado Guilherme Boulos (PSOL) e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).

O psolista acusou o emedebista de não ter atendido às solicitações de poda de árvores, enquanto Nunes responsabilizou a Enel pelos problemas de fornecimento. O apagão foi o principal tema abordado no debate da Band.

Em nota, a Enel destacou que disponibilizou 500 geradores para garantir o funcionamento de serviços essenciais e anunciou um investimento de R$ 6,2 bilhões em São Paulo até 2026.

“Dentro do plano de investimento estão: fortalecimento e modernização das redes, automação dos sistemas, ampliação da capacidade dos canais de comunicação com os clientes e a contratação de funcionários próprios para atuar em campo. Em São Paulo estão sendo contratados um total de 1,2 mil eletricistas próprios até março de 2025”, complementou.