VÍDEOS: o constrangimento de Nunes e os melhores momentos de Boulos no debate na Band

Atualizado em 15 de outubro de 2024 às 8:57
Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) durante debate da Band: prefeito fica desconcertado com perguntas do psolista. Foto: reprodução

Durante o debate promovido pela Band na última segunda-feira (14), o deputado Guilherme Boulos (PSOL) desestabilizou Ricardo Nunes (MDB) ao trazer à tona investigações que envolvem o atual prefeito de São Paulo.

Boulos desafiou o emedebista a abrir seu sigilo bancário para provar que não recebeu um cheque no esquema conhecido como “máfia das creches”, onde o prefeito é investigado por suspeita de lavagem de dinheiro.

Nunes ficou tão nervoso com a questão que chegou a rir, engasgar e derrubar papéis que estavam em seu púlpito. “Cuidado, fica calmo. Fica tranquilo”, disse Boulos, sob aplausos, enquanto o prefeito tentava se recompor.

O candidato do MDB ficou ainda mais desconcertado quando Boulos afirmou que “quem corre da polícia é quem está na máfia das creches”, em referência aos escândalos envolvendo a gestão municipal.

Para aumentar a pressão, o psolista questionou Nunes sobre a declaração de seu vice, que sugeriu que a polícia deveria tratar os pobres da periferia de maneira diferente em relação aos ricos. Visivelmente abalado, o prefeito gaguejou, desviou o olhar e não conseguiu dar uma resposta clara.

Em outro momento do debate, Boulos expôs suspeitas de corrupção envolvendo Nunes e convocou o público a pesquisar no Google termos como “Ricardo Nunes cunhado PCC”, após o prefeito mencionar o tema “família” para se esquivar do desafio de abrir seu sigilo bancário.

“Você é investigado no tema da máfia das creches, obras emergenciais, o Ministério Público está apurando. Contrato sem licitação, favoreceu o seu compadre. Superfaturamento de água. Superfaturamento até de marmita. Deem um Google: ‘Ricardo Nunes superfaturamento obra emergencial’; ‘Ricardo Nunes cunhado PCC’. Deem um Google. Se não parece que fica o dito pelo não dito”, disparou Boulos.

Boulos também desconcertou Nunes ao perguntar sobre a nomeação do cunhado de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC, como chefe de gabinete responsável por obras sem licitação na cidade.

“Você precisa responder pras pessoas sobre crime, precisa responder por que você indicou o cunhado do Marcola do PCC para cuidar do dinheiro da prefeitura de São Paulo”, disse Boulos, deixando o prefeito novamente sem reação.