“Chip da beleza”: Anvisa proíbe venda e propaganda de hormônios manipulados

Atualizado em 18 de outubro de 2024 às 20:00
O “chip da beleza”, implante de hormônios manipulados usado para fins estéticos, foi proibido pela Anvisa nesta sexta (18). Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu o uso do chamado “chip da beleza”, um implante de hormônios manipulados, no Brasil. A decisão foi tomada nesta sexta (18) pela agência após ser constatado que o procedimento gera riscos para infarto, AVC, Acne, queda de cabelo, insônia, alteração de voz e outras doenças.

Os implantes são feitos em farmácias de manipulação e usados para fins estéticos (emagrecimento e ganho de massa muscular, por exemplo). A resolução publicada pela Anvisa nesta sexta também proíbe a manipulação, comercialização e propaganda do produto.

Segundo a resolução, os implantes “podem ser prejudiciais à saúde, além de não haver comprovação de segurança e eficácia para essas finalidades”. A agência orienta que pacientes que desenvolveram reações pelo uso do “chip da beleza” devem fazer uma notificação por meio do site gov.br.

Sede da Anvisa no Distrito Federal. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Anvisa também emitiu um alerta que aponta que os hormônios utilizados no chip contêm substâncias controladas da lista C5, de anabolizantes. Os implantes não foram analisados pela agência e não há nenhum produto registrado para os fins prometidos.

O uso dos hormônios manipulados foi relacionado a 257 casos de complicações de saúde e duas mortes no Brasil só nem 2024. Entidades médicas têm debatido e se manifestado contra as substâncias ao menos desde dezembro de 2023.

Os chips eram proibidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e a resolução da Anvisa foi criada após diversas denúncias de entidades médicas, que vinham fazendo alertas sobre a crescente utilização indevida do produto.

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