A duração dos apagões em regiões atendidas pela Enel na Grande São Paulo aumentou em 44% de janeiro a agosto deste ano, afetando 3,3 milhões de consumidores. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam que, embora mais da metade das áreas atendidas pela distribuidora (56%) tenham registrado melhorias, os moradores enfrentaram longos períodos sem luz.

O centro de São Paulo foi a região mais impactada, com um salto significativo na duração das interrupções. Em 2023, moradores ficaram, em média, 1 hora e 15 minutos sem luz; em 2024, esse número subiu para 14 horas e 31 minutos.

A principal causa foi uma sequência de apagões em março, quando uma escavação da Sabesp atingiu cabos subterrâneos, deixando diversas áreas sem energia por até cinco dias.

Outras regiões da Grande São Paulo também sofreram com apagões prolongados. Em Cotia, o bairro Roselândia viu o tempo sem energia aumentar de 1 hora e 26 minutos para 5 horas e 27 minutos. Em Ribeirão Pires, a duração subiu para 8 horas e 28 minutos, três horas a mais que no ano anterior.

Apesar das quedas de energia prolongadas, algumas áreas registraram melhorias. Juquitiba, por exemplo, teve uma redução de 2 horas e 8 minutos na duração dos apagões, totalizando 16 horas e 30 minutos sem energia em 2024.

A Enel, que atende São Paulo e mais 24 municípios da região metropolitana, afirmou que tem investido em modernização e automação de sistemas para melhorar o fornecimento. A empresa destacou que, desde 2018, quando assumiu a concessão, vem ampliando o número de conjuntos elétricos dentro dos limites estabelecidos pela Aneel.

A entidade anunciou ainda um plano de investimentos de R$ 6,2 bilhões até 2026 para a modernização da rede elétrica, além da contratação de 1.200 eletricistas até março de 2025, visando reduzir os problemas enfrentados pelos consumidores.

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