Eleitores no PA usaram “óculos espião” para vender votos; entenda

Atualizado em 21 de outubro de 2024 às 20:32
Edivaldo Borges Gomes, conhecido como Irmão Edivaldo (MDB), e “óculos-espião”. Foto: Reprodução

Em Ourilândia do Norte, no Pará, eleitores foram flagrados vendendo seus votos usando um “óculos-espião”. O caso foi revelado no último domingo (20) pelo Fantástico, da TV Globo.

Os óculos, com estrutura grossa, tinham uma microcâmera embutida e foram utilizados para registrar as ações dos eleitores na urna eletrônica. O objeto, que chamou a atenção de uma mesária, foi usado por mais de uma pessoa na mesma seção eleitoral.

Os votos seriam para o vereador Edivaldo Borges Gomes, conhecido como Irmão Edivaldo (MDB).

A situação chamou a atenção quando uma eleitora entrou na cabine de votação com os óculos guardados no bolso. A mesária abordou a jovem e acionou funcionários da Justiça Eleitoral, que descobriram a câmera acoplada na armação.

A jovem revelou que um desconhecido havia oferecido R$ 200 para que ela votasse em Edivaldo e que só receberia o dinheiro se usasse os óculos, para as filmagens comprovarem seu voto.

Irmão Edivaldo foi preso em flagrante, mas foi liberado após o pagamento de fiança. O vereador pode responder pelo crime de compra de votos e associação criminosa. A pena por venda ou compra de voto pode chegar a 4 anos de reclusão, além de multa.

 

Publicado por @globonews
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