O médico Roberto Kalil Filho, responsável pelo acompanhamento de saúde do presidente Lula (PT), revelou detalhes sobre o acidente doméstico sofrido pelo petista no sábado (19). Ele caiu no banheiro do Palácio da Alvorada e sofreu uma lesão na cabeça.
“Ele simplesmente, eu não estava no local… Foi sentar num banco e, veio para trás – o que é muito comum esses acidentes em casa, esses acidentes são realmente perigosos – e bateu com a nuca”, disse Kalil em entrevista ao Estúdio I, da GloboNews.
Conforme o boletim médico divulgado no domingo, Lula foi levado ao Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, com um “ferimento corto-contuso em região occipital”, ou seja, um corte na parte posterior da cabeça.
Kalil, que há três décadas é o médico de confiança do presidente, afirmou que será necessário adotar alguns cuidados após o acidente, incluindo evitar longas viagens. Lula precisou de cinco pontos no ferimento.
“Se eu bato a cabeça na parede, é considerado um traumatismo craniano e precisa de observação. Pode ocorrer aumento de sangramento, dor de cabeça e outras complicações, que embora raras no caso dele, são possíveis. São 72 horas de monitoramento, por isso foi consenso que ele não viajasse”, detalhou o médico.
Na segunda-feira (21), o Palácio do Planalto divulgou as primeiras imagens de Lula após o incidente. Ele foi visto recebendo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o assessor especial da presidência, Celso Amorim, no Palácio do Planalto.
Após o encontro, o ministro Padilha afirmou que “em nenhum momento, Lula teve perda de consciência ou desorientação”. “Ele buscou ajuda por conta própria logo após o acidente. A equipe médica fez todos os exames necessários”, relatou Padilha.
Apesar de estar autorizado a realizar algumas atividades, como reuniões no Palácio da Alvorada, ainda não há uma data definida para que o chefe do Executivo retorne integralmente aos compromissos no Palácio do Planalto.
Seguindo as recomendações médicas, Lula cancelou sua viagem à Rússia, onde participaria da cúpula do BRICS. Com sua ausência, o chanceler Mauro Vieira liderará a delegação brasileira. O encontro seria a primeira reunião presencial entre Lula e o presidente russo Vladimir Putin desde o início de seu terceiro mandato. Ambos têm mantido conversas telefônicas sobre o conflito na Ucrânia.