No Uruguai, em vez dos “santinhos” comuns no Brasil, são as listas eleitorais que dominam as ruas antes das eleições, que ocorrem neste domingo (27). Essas listas ajudam os eleitores a escolher partidos e candidatos para depositar nas urnas.
A disputa presidencial é liderada por Yamandú Orsi, da Frente Ampla (FA), com 41% das intenções de voto. Ele é professor de história, tem 57 anos e é discípulo do ex-presidente José “Pepe” Mujica, seguido por Álvaro Delgado, do Partido Nacional, que tem 22%. Delgado tem 55 anos, é veterinário e foi secretário da Presidência durante o mandato de Lacalle Pou. O segundo turno, marcado para 24 de novembro, é provável.
Além da preocupação em conquistar a presidência, é essencial conseguir também a maioria no Congresso. Os mecanismos de ação do presidente são bem limitados (diferente do Brasil, que possui medidas provisórias, por exemplo) — ou seja, o chefe do Executivo depende muito do Legislativo. O lado que conseguir essa maioria poderá argumentar no segundo turno que terá governabilidade, algo que tem peso no Uruguai.
Em sua campanha, Orsi foca em segurança e benefícios sociais, enquanto Delgado promete menos impostos e atrair investimentos. No último comício da FA, a candidata a vice, Carolina Cosse, incentivou a participação dos jovens nas urnas, apelando ao envolvimento político.
Além da eleição presidencial, dois plebiscitos também ocorrerão. Um propõe baixar a idade mínima de aposentadoria de 65 para 60 anos, mas não conta com grande apoio. O outro busca autorizar invasões policiais noturnas para combater o narcotráfico, algo que ganhou força devido ao recente aumento da violência, com 10,7 assassinatos por 100 mil habitantes, ainda assim inferior à taxa brasileira de 22,8 por 100 mil.
O novo presidente uruguaio assumirá apenas em março de 2025, coincidentemente na comemoração dos 40 anos de redemocratização do país.
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