O Brasil votou a favor de uma resolução que repudia o embargo aplicado pelos Estados Unidos contra Cuba na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta quarta (30). No total, 187 países condenaram a atitude americana.
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Brasil se unia ao posicionamento americano. Na gestão do presidente Lula, o país voltou a apoiar a condenação ao embargo, que é aprovado todos os anos e teve em 2024 o resultado mais expressivo contra a medida.
Apenas dois países votaram contra a resolução: Estados Unidos e Israel. A Moldávia optou pela abstenção, enquanto aliados dos americanos, como países europeus, Japão e Austrália foram favoráveis ao texto analisado na ONU.
A resolução aprovada pede que as medidas adotadas contra Cuba sejam retiradas por parte dos Estados Unidos. Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil, afirmou que as únicas sanções legítimas contra a ilha “são aquelas adotadas pelo Conselho de Segurança”.
“O Brasil reitera sua firme, categórica e constante oposição ao embargo económico, comercial e financeiro imposto contra Cuba”, afirmou o chanceler na Assembleia Geral da ONU. Ele avalia que o embargo causa “sofrimento incalculável” aos moradores da ilha.
Vieira ainda apontou que o Brasil tem ajudado Cuba em meio a atual situação de emergência energética, agravada pelo embargo e pelo furacão Oscar, que deixou ao menos seis mortos e danificou milhares de construções.
“A persistência da medida afeta diretamente o exercício dos direitos humanos do povo cubano, limitando o acesso a bens essenciais, como medicamentos e tecnologias indispensáveis ao desenvolvimento”, apontou o ministro.
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