Eduardo Bolsonaro viaja aos EUA e acompanha votação no “QG” de Trump

Atualizado em 5 de novembro de 2024 às 16:51
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Casa Branca

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) viajou aos Estados Unidos para acompanhar a apuração de votos nas eleições americanas. Ele foi convidado pela família do ex-presidente Donald Trump para ver a disputa no “QG” do republicano em Palm Beach, na Flórida, segundo a BBC News e o Estadão.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro chegou ao país na noite desta segunda (4) e se juntou ao ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, e seu filho, o vereador eleito em Recife (PE) Gilson Filho (PL). Os deputados federais bolsonaristas Bia Kicis (PL-DF) e Filipe Barros (PL-PR) também viajaram aos EUA.

Jair também viajaria aos Estados Unidos para acompanhar a votação, mas está proibido de deixar o Brasil desde que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu reter seu passaporte no âmbito das investigações sobre golpe de Estado. Ele mandou o filho “03” em seu lugar.

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos nesta terça (5). Foto: Reprodução

A família Bolsonaro e políticos aliados se aproximaram de Trump durante o governo do ex-presidente brasileiro. Há uma expectativa entre bolsonaristas de que uma eventual vitória do republicano possa ajudar o clã ou barrar a entrada do ministro Moraes no país.

Segundo a colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo, políticos próximos a Bolsonaro acreditam que Trump poderia ampliar a pressão e endossar ataques contra Moraes e o Supremo.

Há um projeto de lei, intitulado “No Censors on our Shores Act” (algo como “Ato Sem Censores em Nossa Área de Jurisdição”), tramitando no Congresso americano. O texto prevê a cassação de vistos e até deportação de autoridades “envolvidas em atos de censura”.

Os deputados federais bolsonaristas Filipe Barros (PL-PR) e Bia Kicis (PL-DF) também viajaram aos EUA para acompanhar a votação. Foto: Reprodução

A proposta foi apresentada pelo deputado do Partido Republicano Chris Smith e a previsão é que ela seja votada após as eleições presidenciais do país. Para bolsonaristas, Trump, se vitorioso, deve pressionar parlamentares para fazer o texto avançar.

Outra expectativa de bolsonaristas é de que a pressão de Trump possa ajudar, direta ou indiretamente, a reverter a inelegibilidade de Bolsonaro e auxilie na mobilização de grupos de extrema-direita de diferentes países.

O republicano disputa sua volta à Casa Branca contra a democrata Kamala Harris, atual vice-presidente do país. A votação começou nesta terça (5) e o resultado final pode demorar dias para ser divulgado oficialmente.

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