Cientistas treinaram ratos gigantes para detectar o comércio ilegal de animais selvagens, como chifres de rinoceronte e escamas de pangolim.
Os roedores se saíram bem em dois testes realizados em um porto em Dar es Salaam, a maior cidade da Tanzânia. Agora, os ratos estão sendo preparados para inspecionar armazéns e contêineres de transporte.
A implantação expande o uso dos roedores em várias funções, que inclui a detecção de patógenos da tuberculose e de minas terrestres.
O tráfico de produtos ilegais da vida selvagem é avaliado em até US$ 20 bilhões anualmente, de acordo com a Interpol.
“Nosso estudo mostra que podemos treinar ratos-gigantes-africanos para detectar vida selvagem traficada ilegalmente, mesmo quando ela foi ocultada entre outras substâncias”, disse Isabelle Szott, pesquisadora da Fundação Okeanos e coautora de um artigo publicado na última semana na revista científica Frontiers in Conservation Science.
These giant rats, outfitted with high-tech backpacks, are being trained in Tanzania for search and rescue operations pic.twitter.com/frrGjHIahE
— Reuters (@Reuters) November 9, 2022
“As maiores vantagens dos ratos são seu tempo de treinamento relativamente curto, flexibilidade para trabalhar com diferentes treinadores e custo-efetividade”, acrescentou.
Os ratos-gigantes-africanos, que podem crescer até quase 1 metro de comprimento, foram treinados usando recompensas como objetos aromatizados. O treinamento de cada rato custa de US$ 7.000 a US$ 8.000 (cercade R$ 40,5 mil a R$ 43,6 mil).