Na terça-feira (5), enquanto milhões de americanos iam às urnas, a campanha de Kamala Harris se manteve otimista com a crescente expectativa de sua vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Projeções recentes apontam um cenário favorável para a democrata, com oito de dez veículos de mídia e centros de análise acreditando que ela sairá vitoriosa. Apenas dois indicam a vitória do republicano Donald Trump.
O centro de análise Sabato’s Crystal Ball, vinculado à Universidade da Virgínia, estima que Harris conquistará 276 delegados, enquanto Trump ficaria com 262, embora as variações nas projeções possam ser significativas, com algumas estimativas apontando uma diferença de até 78 delegados entre os candidatos.
A campanha de Harris também tem destacado o alto comparecimento dos eleitores porto-riquenhos na Filadélfia, na Pensilvânia, um estado fundamental para o triunfo democrata. Além disso, a alta participação de jovens universitários, um grupo tradicionalmente inclinado a apoiar o Partido Democrata, foi celebrada pela campanha.
Por outro lado, a participação de eleitores rurais na Carolina do Norte, tradicionalmente favorável a Trump, foi apontada como mais baixa, o que poderia beneficiar Harris. A vice-presidente, por sua vez, fez um apelo direto aos eleitores dos estados-pêndulo, participando de entrevistas em rádios locais e destacando seu vínculo pessoal com a comunidade de Washington, D.C.
Harris escolheu a Universidade de Howard, sua alma mater, como o local para a festa de campanha. Conhecida como “Harvard negra”, a instituição tem um valor simbólico significativo para a candidata, que afirmou que foi lá que deu os primeiros passos na política, ao concorrer ao cargo de representante do conselho estudantil.
Em meio ao otimismo, muitos jovens demonstraram confiança na vitória de Kamala Harris. A campanha também está focada no voto feminino, que tem registrado uma participação eleitoral crescente. Segundo as pesquisas, a maioria das mulheres tende a apoiar a democrata em comparação com Donald Trump.
Além disso, a campanha tem trabalhado para conquistar também o eleitorado republicano feminino, com propagandas que incentivam mulheres a votarem em Harris “em segredo” de seus maridos. A polarização de gênero nas eleições deste ano promete ser uma das mais marcantes da história dos EUA, com mulheres sendo vistas como um fator decisivo para a vitória dela.
A expectativa é que as questões sociais, como aborto e direitos das mulheres, possam pesar significativamente nas urnas. A campanha de Harris, enquanto confiante na vitória, também se mantém atenta às críticas de seus opositores.
Eleitores ainda mencionam o impacto negativo de declarações extremistas de Trump e seus aliados, que podem afastar eleitores indecisos em estados cruciais. Para muitos, o resultado da eleição tem implicações profundas sobre o futuro do país e a divisão política crescente.
A contagem dos votos e o anúncio dos resultados poderão demorar devido ao voto por correio e às dificuldades logísticas em estados-chave. No entanto, a expectativa é que a eleição deste ano seja decidida em estados como Michigan, Pensilvânia e Geórgia, com a vitória de Kamala Harris sendo considerada cada vez mais provável, de acordo com as projeções.
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