De Teori Zavasvki, indicado por Dilma em 2012, esperava-se que reforçasse as ideias progressistas no STF.
Isso acabou não acontecendo. Teori se tornaria sob esta ótica uma decepção, mais uma das más escolhas de Dilma (e Lula) para o Supremo.
Compare. Nos Estados Unidos, o presidente Roosevelt só conseguiu colocar em prática seu New Deal quando, com as trocas que pôde fazer, dotou a Suprema Corte de juízes afinados com seu ideário igualitário, na década de 1930.
Esta grande lição de Roosevelt — montar um Supremo alinhado com a presidência — foi ignorada por Lula e por Dilma, com as conhecidas consequências.
Teori, se tinha algo de progressista em sua índole, escondeu muito bem. Alguns o classificavam como discreto e reservado. Na verdade, ele sempre pareceu mais acuado e intimidado do que qualquer outra coisa.
Mais que tudo, ele deixa sem resposta a explicação para sua decisão sua mais importante no STF.
Por que demorou tanto para afastar Eduardo Cunha do comando da Câmara?
Ele era responsável pelo caso Cunha, e já tinha em mãos fazia meses os documentos que levariam o presidente da Câmara à cadeia.
Mas Teori se movimentou apenas depois que o impeachment já se consumara.
Por que tamanha espera?
Eis a pergunta de importância histórica gigantesca que Teori deixou, para sempre, sem resposta.