De um amigo do DCM:
Deu na coluna desta quarta feira, dia 1º, da jornalista Mônica Bérgamo, da Folha de S.Paulo: a Justiça Federal de Brasília bloqueou bens “na quantia de até R$ 1 milhão”, do banqueiro Joseph Safra, o segundo homem mais rico do Brasil, de acordo com o ranking da revista Forbes.
A decisão é do juiz Rodrigo Parente Bentemuller, da 15ª Vara Federal, que acatou um pedido do Ministério Público Federal para a indisponibilidade dos bens. Segundo a nota, Safra é investigado por improbidade administrativa, sob a acusação de tentar subornar dois funcionários da Receita Federal com propina superior a R$ 15 milhões, num processo que envolve valores em torno de R$ 1,8 bilhão, que teriam sido sonegados pela empresa JS Administração de Recursos S/A, que integra o Grupo Safra.
Já no caso de outro José bilionário, ex-chefe da Casa Civil do presidente Lula, também conhecido como Zé Dirceu, preso e condenado em Curitiba por conta da operação Lava Jato, o Juiz Moro foi um “pouquinho “ mais rigoroso, estabelecendo um bloqueio de bens no valor de R$ 20 milhões.
Safra não é o único peixe grande envolvido na Zelotes, que apura o pagamento de propinas a membros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais ( Carf), para reduzir multas aplicadas por sonegação tributária, que teriam gerado prejuízos de R$ 19 bilhões ao Leão.
Fazem companhia a ele executivos e donos de bancos e empresas em débito com a Receita como o Bradesco (R$ 3 bilhões), Santander ( R$ 6,68 bilhões), Gerdau (R$ 1,2 bilhão), RBS (R$ 672 milhões), JBS (R$ 267,7 milhões), Mitsubishi (R$ 505,3 milhões), Ford (R$ 1,8 bilhão).
Também figuram na lista dos investigados o Itaú, a Caoa e a BRF, além, é claro, do conhecido magnata Luís Cláudio Lula da Silva, dono da gigante LTF, de marketing esportivo, um dos poucos, aliás, interrogados pela rapaziada da Polícia Federal.
O zelo da PF não ocorreu por acaso: contra o filho caçula do ex-presidente Lula pesa a suspeita de ter recebido repasses da consultoria Marcondes & Mautoni, acusada de de comprar medidas provisórias que visavam prorrogar a isenção do IPI para veículos, no astronômico valor de R$ 10 milhões.