A pergunta básica a ser feita sobre a montanha de dinheiro de Geddel é: de onde saiu aquele montante?
Não, não se trata de buscar conhecer as fontes dos valores – salário, esmola, propina, roubo, chantagem, gorjeta, herança, serviços prestados etc. – mas de se saber de onde fisicamente saíram aqueles polpudos maços .
Não deve ter sido de caixas eletrônicas. Se o limite diário de saques nas máquinas é de R$ 2 mil, para sacar os R$ 25 milhões contados até agora, Geddel teria de fazer a operação seguidamente durante 12.500 dias, ou 34 anos.
Mas o popular Carainho pode ter um bom álibi. Basta chegar à Justiça e dizer que iniciou os saques em 1983 e deles não retirou um único centavo. A mudança da moeda a gente vê depois como explica.
Ele pode ainda alegar que está interessado na compra da Casa da Moeda. Resolveu pedir um mostruário da mercadoria que produzem lá para ver se o negócio vale a pena.
É claro que ninguém irá insinuar que o dinheiro saiu dos grandes bancos que operam no país. Como se sabe, as chamadas instituições financeiras só operam com numerário legalizado e jamais se envolveriam em coisas como lavagem, sonegação e distribuição de numerário sem rastreamento.
Há uma terceira possibilidade. Geddel ainda pode se livrar dessa.
Basta dizer que a grana é do Lula.