Golpistas prometeram emprego, mas só queriam mesmo é aumentar o lucro dos tubarões. Por Jean Wyllys

Atualizado em 1 de fevereiro de 2018 às 6:47
À procura do emprego que os golpistas disseram que viriam com a queda de Dilma

PUBLICADO NO FACEBOOK DE JEAN WYLLYS

O IBGE divulgou hoje a pesquisa anual sobre a taxa de desemprego no Brasil, e, como não poderia ser diferente, os números mostram o oposto do discurso oficial do governo golpista sobre recuperação da economia.

A taxa de desemprego (12,7%) é a maior desde 2012 e supera a que tivemos durante os últimos governos de Dilma, que, curiosamente, foram extremamente criticados pelos apoiadores do golpe contra a democracia.

Até o tipo da empregabilidade daqueles que declararam estar trabalhando apresentou piora qualitativa com relação aos últimos anos. Subiram as porcentagens daqueles que estão no mercado informal de trabalho, sem carteira assinada, autônomos e também de trabalhadores domésticos; estes últimos são, tradicionalmente, mal remunerados, têm jornadas mais longas e menos possibilidade de progressão em uma carreira.

Não podemos esquecer que, já no início do último ano, foi aprovada e sancionada a terceirização irrestrita, sob muitos protestos e oposição do PSOL. Somam-se a isso os primeiros efeitos negativos da nefasta “reforma” trabalhista aprovada por Temer, PMDB, PSDB e aliados, que ampliou a terceirização irrestrita (piorando o que já era ruim) , desmontou a CLT com promessas de aumento da atividade econômica e da geração de novas vagas.

Vê-se agora claramente que tínhamos razão ao dizer que se tratava de mais uma lorota para aumentar os lucros de grandes empresários, sempre fiéis doadores de campanhas políticas desses grupos, às custas da perda de direitos dos trabalhadores.