Arthur do Val, agitador profissional do MBL que se apresenta como “Mamãe Falei” (pois é), acusou Ciro Gomes de tê-lo “agredido” durante a abertura do Fórum da Liberdade, na capital gaúcha.
Arthur acrescentou que “um deputado que se absteve no impeachment”, cujo nome não se deu ao trabalho de pesquisar, jogou guaraná em sua perna (!?!).
Demorou horas para mostrar as imagens do terrível atentado.
Fedia a fake news, especialidade da milícia — e era.
No resultado editado por ele, Arthur aparece importunando Ciro, perguntando se ele ainda iria sequestrar Lula e levá-lo a uma embaixada.
Ciro lhe dá dois pescotapas, filmados com câmeras diferentes porque o sujeito vive desse tipo de flagrante armado.
O modus operandi de Arthur não convence nem sequer seus fãs.
“Eu comecei a seguir porque ele propunha um debate. Trocava uma ideia na moral. Mas nesse episódio ele se demonstrou um perfeito babaca”, escreve um desiludido.
O vlogueiro vive de aparecer no meio de gente de esquerda para causar confusão.
Faz uma pergunta mal intencionada, foge como uma galinha — e depois faz seu mimimi patético.
A ideia é causar desordem e violência, como os “camisas pardas” do nazismo, os baderneiros das SA. Bate a carteira e grita “pega, ladrão”.
Essa é sua maneira de fazer campanha para deputado federal.
Em janeiro de 2017, nosso colunista Mauro Donato teve um encontro com ele. Mauro relata um detalhe: Arthur comete a pilantragem e corre para a polícia.
Arthur do Val responde a diversos processos.
Em setembro, foi obrigado pela Justiça a retirar do YouTube ofensas a Luciana Genro, o filho Fernando Genro Robaina e o vereador Roberto Robaina (Psol), pai de Fernando e ex-marido de Luciana.
Ele é o autor de um famoso vídeo com Plínio Zalewski, coordenador da campanha de Sebastião Melo (PMDB) para a prefeitura de Porto Alegre, apontado como peça central de sua morte por amigos e familiares.
Zalewski relatou a amigos um “profundo incômodo” com os ataques. Foi encontrado morto em outubro. A polícia acredita em suicídio.
Numa ação orquestrada, o youtuber se deslocou de São Paulo ao Rio Grande do Sul para “trabalhar” nisso, garantindo que pagou do “próprio bolso”.
“Tudo por ideologia, completamente ideologia”, afirma. Então tá.
O chamego de Ciro foi, antes de tudo, legítima defesa.