Vicky Pendleton, medalista de ouro nos Jogos de Londres, é a nossa embaixadora do ciclismo.
O Diário do Centro do Mundo tem suas crenças fundamentais.
Nos batemos por um capitalismo à escandinava, sem os extremos de riqueza e miséria que são uma mancha nacional, uma vergonha para quem quer que não pense apenas em si mesmo.
E queremos também bicicletas nas ruas do país como símbolo do avanço social. No novo milênio, toda cidade será tanto melhor para seus moradores, e para o planeta, quanto mais ciclistas se locomoverem com elas. Acreditamos que é sinal de progresso paisagem urbana em que se destacam os ciclistas.
Copenhague é o que São Paulo, ou o Rio, ou Belo Horizonte, ou Salvador, deveriam ser. O Diário se empenhará pela causa de um Brasil que seja, no futuro, uma imensa Dinamarca, ou Noruega, ou Finlândia.
Um país de gente feliz, e montada em biciletas.
Como símbolo dessa crença fundamental, o Diário escolheu a imagem fascinante da ciclista britânica Victoria Pendleton. Victoria, ou Vicky simplesmente, é um gênio nas provas de pista. Colecionou títulos e recordes ao longo da carreira. Nos jogos de Londres, em que ela se despediu do ciclismo sob um pranto convulsivo, Vicky foi ouro e prata.
O ouro ela ganhou numa categoria chamada Keirin. Funciona assim: uma bicicleta com motor vai à frente dos atletas, numa velocidade crescente. A 700 metros do final, ela deixa a pista, e então os ciclistas dão tudo pela vitória. (No pé deste artigo, você vai encontrar um vídeo que traz uma vitória de Vicky em outro torneio. Você poderá ver o que é a Keirin.)
Vicky sai das pistas rumo à publicidade e às palestras corporativas. Ficará rica, rapidamente. Especialistas em marketing calculam que ela vai levantar cerca de 3 milhões de reais por ano em publicidade. Suas palestras devem girar em torno de 50 000 reais.
Seu legado vai além dos triunfos na pista. Com sua beleza carismática e vitoriosa, Vicky se tornou entre os britânicos uma espécie de embaixadora das bicicletas. Inspirou uma grande quantidade de pessoas, sobretudo jovens, a pedalar. O Brasil precisa de Vickys, não para aumentar a coleta parca de ouro olímpico, mas para estimular o uso de bicicletas pela população.
O Diário não tem medalha para entregar a Vicky, mas seguem aplausos. Clap, clap, clap. De pé.
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