A cada pesquisa, fica mais evidente que há um projeto de país desenhado pela mídia, com seu braço policial da Lava Jato, e outro almejado pelos brasileiros.
Muitos se queixam da nossa inércia e passividade, mas a insatisfação com o golpe se manifesta enfaticamente ali, em cada levantamento para presidente da República, como um grito de basta.
O último Datafolha, divulgado no domingo, dia 10, trouxe o seguinte resultado:
- Lula (PT): 30%
- Jair Bolsonaro (PSL): 17%
- Marina Silva (Rede): 10%
- Geraldo Alckmin (PSDB): 6%
- Ciro Gomes (PDT): 6%
- Alvaro Dias (Podemos): 4%
- Manuela D’Ávila (PC do B): oscila entre 1% e 2%
No segundo turno, lavada em todos os cenários.
Sem ele, é terra arrasada: mais de 40% dos seus eleitores dizem não ter em quem votar.
30% afirmam que apoiam quem ele indicar.
A democracia passa necessariamente por Lula. Sua detenção torna-a aberrante.
Moro e seus comandados acabaram fortalecendo sua vítima, que assumiu uma postura combativa desde o primeiro tiro, denunciando a injustiça.
O decoro foi para o buraco.
Moro faz turnês em Mônaco, Dallagnol e outros procuradores faturam com palestras, auxílios moradias e outras mamatas sem medo de ser feliz, como se tivessem liquidado a fatura.
Nenhuma alternativa foi apresentada.
A demonização da política produziu um fascista despreparado que fascina uma massa de analfabetos funcionais violentos e desesperançados.
A maioria dos eleitores quer o sujeito que a chamada meganhagem pôs na cadeia sem provas.
Manchetes e jograis do Jornal Nacional não conseguiram destruir uma candidatura.
Vazamentos a granel, armações, ataques a Marisa Letícia, morta — nada disso funcionou.
Lula é o nome do jogo, esfregando na cara dos donos dessa terra seu fracasso.
Já é um vitorioso.
A questão agora é o que vão fazer com isso para não destruir totalmente o Brasil enquanto tentam, inutilmente, destruir seu inimigo.
Não há legitimidade possível num mandatário eleito por um WO no tapetão. Quem assumir será aquele ou aquela que está ali porque Lula foi varrido de maneira indecente.
Não tem como acabar bem. Não há saída sem ele.
Os donos da banca aguentam mais quanto tempo de caos?