O episódio se repetirá com as próximas mulheres no Roda Viva. Por Manuela D’Ávila

Atualizado em 10 de julho de 2018 às 23:02

Publicado originalmente no Instagram da autora

POR MANUELA D’ÁVILA, pré-candidata presidencial do PCdoB

Manuela no Roda Viva (Foto: Reprodução/Twitter)

Treze dias depois do Roda Viva do qual participei, Jorge da Cunha Lima, vice-presidente da Fundação Padre Anchieta (mantenedora da TV Cultura, que exibe o programa em questão), escreveu um artigo sobre o episódio.

O texto faz uma única autocrítica: a de terem convocado o coordenador de uma candidatura contrária à minha.

Vejam: quanto às interrupções, ele considera que não houve nada de anormal. Nem mesmo os dados objetivos expostos por pesquisadores foram levados em conta pelo autor do texto. Há comparações quantitativas em relação a isso amplamente divulgadas.

Fui interrompida mais de 60 vezes. Outro pré-candidato, por exemplo, oito. Nenhum outro entrevistado do grupo de pré-candidatos sofreu pelo menos a metade das interrupções que sofri.

Nem a repercussão imensa que reuniu análises produzidas por renomados pesquisadores das áreas dos mass media, gênero e sociologia, além de uma gama considerável de manifestações contrárias à postura do programa expressa por atores, escritores, veículos de comunicação nacionais e internacionais e tantos outros formadores de opinião ou mesmo a petição que juntou dezenas de milhares de assinaturas fizeram-tvno refletir.

Deste modo, estamos todas e todos autorizados a considerar que o episódio se repetirá com as próximas mulheres que se sentarem naquela cadeira.