Fernando Henrique Cardoso resolveu responder o artigo de Lula no New York Times.
A réplica não requerida por ninguém além dele saiu britânico Financial Times.
Segundo FHC, Lula faz uma uma “ficção prejudicial”, “retrata o Brasil como uma democracia em ruínas”, promove uma “distorção da realidade”.
“Meu país merece mais respeito”, escreve.
O coração da matéria está na defesa de suas obras.
A primeira, seu governo: “Tampouco é verdade, como Lula da Silva sustenta, que o Brasil estava sem rumo antes de ele assumir a Presidência em 2003”.
A segunda, o governo do sócio Temer: “O impeachment da presidente Dilma Rousseff e sua remoção do cargo em 2016 não foram, ao contrário do que afirma Lula da Silva, um golpe de Estado. Foram resultado, entre outras coisas, da violação, pelo governo dela, da lei de responsabilidade fiscal do Brasil no período que antecedeu as eleições de 2014. O processo de impeachment seguiu todas as propriedades constitucionais, sob supervisão do Supremo Tribunal brasileiro, cuja maioria dos ministros foi escolhida por Lula da Silva e Rousseff”.
Faltou o mantra “as instituições estão funcionando”.
Ninguém acredita nisso. Nem ele.
A chamada “narrativa” do golpe pegou, assim como a estratégia lulista de expôr as ilegalidades da Lava Jato aqui e no exterior.
Nesta terça, dia 21, o NYT publica um texto de Jorge Castañeda, ex-ministro das Relações Exteriores do México, denunciando a “ausência de leis iguais para todos”.
A lista de apoios internacionais é longa e tem nomes de peso como o do ex-premiê português José Sócrates.
FHC faz o papel de uma espécie de Neymar, se jogando no chão e tentando ganhar no grito.
Melhor seria não ter embarcado no golpe de Temer com seu partido, procurando dar uma, digamos, sustentação moral à vilegiatura.
As ruínas da democracia carregam o nome de FHC e sua participação nessa destruição está inscrita na História.