Aos 73 anos, Roberto Bonfim afirma que hoje em dia é um homem caseiro. Só sai à noite se for para dançar, e olhe lá. No passado, era muito diferente. “Fui da esbórnia, da pesada. Mas, desde que se instituiu a cocaína, a noite passou a ser ruim. Quando a gente era só bebum, era muito engraçado. Aí veio a cocaína, e as pessoas passaram a ficar agressivas, não ouviam mais umas às outras. Ficou desagradável e fui me afastando”, conta.
Ele também afirma que a maturidade mudou seu comportamento. Atualmente, a sua “vibe” é fazer um churrasco para papear com os amigos, quando sobra um tempo, ou colocar o pé na estrada para tomar banhos de cachoeira cada vez mais longe.
“Tenho vontade de ir de carro até as Guianas [América do Sul, ao norte do Brasil]. Gosto de conhecer o Brasil todo pelo chão”, conta o ator. É isso que o veterano pretende fazer a partir de novembro, quando terminarem as gravações de Segundo Sol.
No papel do machista Agenor, ele diz que está colocando o dedo em uma ferida. “Quem não conhece um troglodita desse? Tem pessoas que acham que é coisa lá do fundo do Brasil, mas não é. Tem gente assim aqui do nosso ladinho. Gosto de fazer e de ver a reação. Suscita muito a discussão em torno desse assunto.”
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