Nesta quarta, 23, a Folha noticiou que Rodrigo Pacheco (DEM), que concorre ao Senado por Minas, não incluiu o número e a foto de Geraldo Alckmin (PSDB) no seu material de campanha.
Rodrigo indica o nome de Antonio Anastasia (PSDB) ao cargo de governador e deixa em branco o espaço para presidente.
Se levarmos em conta a tradição do PSDB mineiro dá para entender estarem escondendo Geraldo de seus materiais de campanha – esconderam também o de Serra nas campanhas de 2002 e 2010.
O que surpreende é que também em São Paulo o tucano vem encontrando resistência dos candidatos da sua coligação.
Ligados ao empresário Flávio Rocha, do PRB, Kim Kataguiri e Arthur Mamãe Falei (DEM), que concorrem aos cargos de deputado federal e estadual, respectivamente, também não exibem o nome de Geraldo em suas peças de publicidade – aliás, neste caso nem a de João Dória.
A rigor, não estão infringindo a lei.
“A regra para a propaganda eleitoral impressa é informar o eleitor”, diz Alberto Rollo, advogado especialista em direito eleitoral.
“O deputado não é obrigado a pedir voto para o candidato do partido dele. Ele pede nos casos em que isso interessa, por exemplo, quando o majoritário é um puxador de votos”.
Tanto o mineiro Rodrigo Pacheco quanto os neoliberais paulistanos estão jogando com a estratégia. Exibem o que precisa ser mostrado e escondem aquilo que ninguém precisa saber. E segue o baile.