Geraldo Alckmin quer esconder o PSDB na campanha e tentar se aproximar dos eleitores de Lula. É por isso que colocou chapéu de vaqueiro e foi falar no Nordeste sobre criação de cabras — ouviu ao fundo, uma mulher dizer: “eu voto é no Lula”.
Talvez tenha sido um erro proposital de sua campanha vazar o vídeo com a mulher confessando o voto em Lula. Também pode ter partido de sua campanha a foto em que ele aparece fazendo o L de Lula. É uma foto antiga, que voltou a circular na rede.
Segundo Lauro Jardim, de O Globo, “várias das peças que entrarão no ar a partir de sexta-feira querem seduzir o eleitor de Lula. Não o militante petista, mas o brasileiro mais pobre.”
Será que cola?
Hoje de manhã, na comunidade de Paraisópolis, em São Paulo, ele tentou fazer piada. Esteve na Associação de Mulheres e disse que costumava ir sempre à favela, para tomar café com o presidente da Associação dos Moradores, Gílson Rodrigues, com o objetivo de ver Bruna Marquezine.
É que, na época, ele lembrou, Bruna participava das gravações da novela que levou o nome da comunidade.
“Nunca encontrei a Bruna, mas encontrei o Gilson”, disse, rindo. Os outros riram também, mas não muito.
Paraisópolis tem uma grande população nordestina.
“Lula não apanhará. A ideia é produzir filmes carregados de emoção com o objetivo de atrair o eleitor que queria “ser cuidado” por Lula e dizer que Alckmin também pode fazer isso por ele. A campanha de TV de Alckmin vai deixar o quanto puder o PSDB de lado em suas inserções”, informou a coluna de Lauro Jardim.
Alckmin tentou atrair o eleitor de Bolsonaro, e não conseguiu. Agora vai para cima do eleitorado de Lula. Dificilmente dará certo, mas o que tem a perder?
A identificação real dele é com Michel Temer, seu sócio no condomínio que tirou Dilma Rousseff do Planalto e governa o Brasil.
Os partidos que apoiam Temer apoiam Alckmin. O MDB tem candidato, mas Henrique Meirelles sabe que não está na disputa para valer.
Mas isso os adversários é que terão de contar.