Ludmilla, a mãe de Helenão, é a grande personagem desta campanha presidencial

Atualizado em 18 de setembro de 2018 às 12:29

Ludimilla Teixeira, uma publicitária da Bahia, criou o movimento que se tornou o maior fenômeno de massas desta eleição: é o “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, mais conhecido por #Elenão, um movimento tão forte que atraiu uma jornalista conhecida por suas manifestações de direita, Rachel Sheherazade, a atriz da Globo Bruna Marquezine e tantas outras mulheres que, em situação de normalidade, não se envolveriam em política.

Não se sabe qual é o posicionamento político de Ludmilla. E para o movimento, é melhor que não se saiba mesmo. Como ela explicou em um vídeo divulgado quando “Mulheres Unidas contra Bolsonaro” tinha apenas dois dias de existência, no início de setembro, é preciso focar no que as une, a resistência ao avanço misógino:

“A gente nunca imaginou que, em 48 horas, a gente ia juntar mais de 6.000 mulheres. Está muito louco. Eu não durmo direito. Ontem eu fui dormir à 4 da manhã aceitando o convite de muitas mulheres. E hoje a mesma coisa o dia inteiro. É difícil você juntar mais de 6.000 pessoas, tentando moderar. Eu sei que tem pensamentos muito diferentes. É difícil você juntar mais de 6.000 pessoas em um grupo e você tentar agrupar as ideias, pensamentos e os sentimentos de todas. É impossível. Não tem como. Somos divergentes. Temos pensamentos diferentes, temos candidatos diferentes, idéias diferentes. Eu acho que o mais importante agora, neste exato momento, ao invés da gente focar nas nossas diferenças, a gente tem que focar naquilo que nos une, e o que nos une é o quê? A gente tem que barrar espaço para machista, misógino, nojento, escroto, a gente tem que barrar a candidatura desse cara. Não é hora de brigar agora.”

Duas semanas depois desse depoimento, gravado em um vídeo de má qualidade, com áudio prejudicado pelo vento, ela agora faz parte de um grupo que já tem mais de dois milhões de mulheres. E fez um novo vídeo, em que diz:

“Ou a gente se une agora para brigar, ou a gente vai se juntar depois para chorar.”

A briga tem sido grande. A página do grupo foi hackeada e os perfis pessoais, bem como contas de e-mail, também foram alvo de invasão. As mulheres marcaram para o dia 29 um grande ato de repúdio à candidatura de Jair Bolsonaro, por representar o atraso.

O futuro do Brasil está nas mãos de Helenão.

Veja o novo vídeo: