Publicado originalmente no Tijolaço
POR FERNANDO BRITO, jornalista
As revistas semanais anteciparam as suas edições de final de semana para, mais uma vez, funcionarem como panfletos eleitorais, que nos dão a “pinta” do grau de ataques que se farão a Fernando Haddad mas, também, do medo que sentem da vitória do candidato da coligação petista.
A Veja apela para a mistificação inaugurada na semana passada pela Folha para dizer que Haddad e Bolsonaro representam o mesmo risco de retrocesso ao país.
Não se sabe que retrocesso traria um homem que, independente de concordar-se ou não com suas ideias e com seu partido – é inegavelmente civilizado perto de perto de um tosco como o ex-capitão.
A menos que estejam se referindo a um retrocesso de vários anos, quando o Brasil vivia um momento de afirmação, de emprego, de autoestima que, entre outros, a Veja ajudou a destruir e deixar o Brasil nas mãos de Michel Temer.
A abjeta revista Istoé – apelidada nas rodas jornalísticas de Quantoé – faz serviço mais sujo e apresenta Haddad omo “o homem de 32 processos”, sem dizer que tem zero condenações, repetindo o joguinho de William Bonner, na Globo, quando o petista o calou com essa simples e rasa informação e o desafiou a dizer em qual tinha sido considerado culpado.
O fato é que serão cartazes contra os petistas, na própria boca de urna, isso se não forem providenciados impressos em tamanho maior para ser afixado nas bancas de jornais e nas paredes.
“Pegaram pesado” e dificilmente fariam isso se as coisas estivessem tranquilas como algumas pesquisas querem fazer crer.