O principal partido da ultradireita alemã não apoia o candidato Jair Bolsonaro (PSL).
A agremiação enviou nota ao DCM na qual se distancia do presidenciável, que classifica como extremista.
“A AfD não é isso. A Alternativa para a Alemanha é um partido conservador constitucional”, diz o comunicado.
“Estamos nos distanciando do extremismo de direita”.
O partido foi fundado em 2013 e chegou ao Parlamento nas últimas eleições, realizadas no ano passado, como a terceira maior força política, fato inédito para a extrema direita desde o fim do regime nazista.
A AfD é contrária à política migratória da União Europeia e da primeira-ministra Angela Merkel.
Sua popularidade cresceu depois do grande fluxo de refugiados acolhidos pela atual gestão a partir de 2015 e do reforço ao discurso anti-imigração.
Declarações como a do deputado Alexander Gauland, uma das lideranças, causam barulho.
Uma das maiores polêmicas foi quando ele afirmou que, assim como os franceses em relação a Napoleão Bonaparte e os ingleses a Winston Churchill, os alemães também podem se orgulhar do que fizeram seus soldados durante a Segunda Guerra Mundial.
Comparado a Bolsonaro, o discurso do partido é menos hostil à questão LGBTI, na medida em que a economista Alice Weidel, um dos nomes mais conhecidos da AfD, é declaradamente lésbica.