O novo projeto do Google promete tornar a vida muito mais divertida.
Uma das coisas que estou mais ansioso por ver no mercado, nos próximos anos, é o que chamam de “óculos inteligentes”. Quando comecei a escrever ficção, há mais de uma década, coloquei o gadget numa história ou outra. Eu imaginava que eles fariam parte do nosso futuro, mas minha aposta era para algo mais distante. No meu primeiro conto falei em 2100. No segundo, ao redor de 2035.
Entretanto, ao que parece, muito antes disso eles já estarão disponíveis no mercado. Espera-se que o Google Project Glass, o mais famoso deles, chegue nas lojas nos próximos 12 meses.
Os protótipos que estão sendo desenvolvidos por diversas empresas diferentes envolvem um princípio em comum: a projeção de uma tela na sua retina, pela qual você pode navegar. Ou seja: nas lentes dos seus óculos (com ou sem grau) você poderá checar seus emails, fazer ligações, fotografar, filmar, etc. Tudo em um piscar de olhos, literalmente. O controle é feito pelo movimento dos olhos ou da cabeça e, logicamente, piscadelas.
O que me deixa mais animado, porém, não é isso. Primeiro, é a possibilidade de associar aplicativos como Google Maps. Nunca mais nos perderemos a pé, por exemplo. E milhares de pessoas conectadas poderão mostrar o trânsito, entre outras inúmeras possibilidades. Segundo, a capacidade de aplicar lentes potentes, que poderão ampliar o que estamos enxergando, permitindo que vejamos placas à distância; ou se façam cirurgias microscópicas praticamente a olho nu; ou ainda que avise quando vêm carros em sua direção e coisas do tipo.
Entre coisas mais ousadas, imagino que estes óculos também poderão ajudar a polícia a prender criminosos; ao ativar um sistema de reconhecimento de rostos em todos os óculos ao mesmo tempo, eles automaticamente procurarão o criminoso e darão a sua localização por GPS. E isso é só o começo.
Mal posso esperar. Acho que em menos de quinze anos já haverá um batalhão de gente nas ruas andando com estes óculos. E a realidade será muito mais divertida.