Olavo de Carvalho, mentor intelectual (sic) de Jair Bolsonaro e filhos, afirmou na segunda-feira (5) que o único posto que aceitaria no governo do pupilo seria o de embaixador em Washington.
Num vídeo no YouTube, Olavo conta que, antes de Bolsonaro ser eleito, tinham-lhe oferecido os ministérios da Educação e da Cultura.
Não topou.
“Eu conheço meus limites, não tenho uma grande capacidade administrativa de nada”, afirmou.
“Eu sei o que tem que fazer, mas não consigo ficar pensando nisso todo dia.”
Uma Embaixada na capital dos EUA, porém, ele encararia. Suas razões são estranhíssimas.
“O que o Brasil mais precisaria é de dinheiro. E, como embaixador nos EUA, eu saberia fazer dinheiro”, garante.
“Eu peguei alguma prática desse negócio de comércio internacional no tempo em que morei na Romênia”.
Olavo ficaria “morando num trailer”.
“Gosto muito da minha casa, quero ficar aqui. Então vou no trailer e despacho do trailer”, declara.
Noves fora tudo, o principal argumento de venda de Olavo em sua entrevista de emprego é estupefaciente.
No início do ano, recursos foram levantados através de uma vaquinha virtual para custear seu tratamento de saúde. Sua casa é em Richmond, na Virginia.
Fosse ele tão bom quanto fala em ganhar uma grana, não dependeria da bondade alheia, como gostava Blanche Dubois.
“Alunos e seguidores de Olavo de Carvalho estão tomando a iniciativa de sugerir à pessoas que apoiem à família com as despesas hospitalares por meio da aquisição dos cursos online do professor”, disse o site de extrema direita Crítica Nacional.
Se Bolsonaro tiver juízo, o rogo do astrólogo cairá no vazio. Uma desculpa piedosa e um abraço.
Como não tem, tudo é possível.
No terreno da psicodelia, o Brasil de Bolsonaro promete uma viagem longa e cheia de emoções.