Indígenas e muçulmanas eleitas nos Estados Unidos marcam novo momento político

Atualizado em 11 de novembro de 2018 às 11:25
A muçulmana Ilhan Omar ocupará um dos assentos na Câmara de Representantes dos EUA (Foto: EFE/Craig Lassig/ via Agência Brasil)

Publicado originalmente na Agência Brasil

As eleições norte-americanas para escolher 36 governadores e renovar 435 postos na Câmara de Representantes e 35 no Senado surpreenderam com alguns resultados. Mulheres muçulmanas, indígenas e lésbicas foram eleitas, no momento em que as minorias são alvo de medidas restritivas no país.

É a primeira vez na história da Câmara dos Estados Unidos que duas muçulmanas vão ocupar assentos: as democratas Rashida Tlaib, pelo Michigan, e Ilhan  Omar, de Minnesota. Da mesma forma, chama a atenção a eleição das indígenas Deb Haaland, do Novo México, e Sharice Davids, do Kansas, ambas democratas.

Davids será lembrada por pelo menos dois feitos. Primeiro, ao vencer o veterano Yoder, que tinha completado quatro mandatos no Congresso, e em seguida, por ser ex-lutadora de MMA e advogada, é a primeira nativa norte-americana e  lésbica eleita.

Mudanças

Paralelamente às eleições, os estados norte-americanos promovem mudanças históricas. Os eleitores do Colorado aprovaram uma emenda que elimina a escravidão da Constituição estadual. A decisão ocorre 142 anos depois que a escravidão como castigo para criminosos foi incorporada à legislação.

Com a votação de hoje, ficará cancelada a seção 26 do artigo 2 da Constituição do Colorado, que permitia a escravidão de criminosos no marco da Emenda 13 da Constituição Federal, que ainda inclui essa referência.

Além disso, os moradores de San Francisco, nos Estados Unidos, aprovaram em referendo uma medida que aumentará os impostos sobre as grandes empresas, muitas delas tecnológicas, e destinará estes fundos exclusivamente à luta contra a pobreza extrema na cidade.

A medida aumentará o imposto sobre as vendas daquelas empresas com sede na cidade que faturem mais de US$ 50 milhões anuais e o imposto sobre despesas de pessoal às companhias com faturamento superior a US$ 1 bilhão.

*Com informações da Agência EFE