Jair Bolsonaro se beneficiará, por um tempo, da cobertura boçal e acrítica de seu cotidiano pela velha imprensa.
O UOL registra que o “presidente eleito foi a uma agência bancária pela terceira vez nos últimos quatro dias”.
Segue:
O político saiu de casa, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, com escolta da Polícia Federal, e dirigiu-se a uma agência do Banco do Brasil. O motivo do deslocamento não foi divulgado.
Bolsonaro tem ficado em casa a maior parte do tempo desde que teve alta, após semanas hospitalizado devido ao atentado a faca sofrido em 6 de setembro.
Mesmo na reta final da eleição, o político pouco saiu de sua residência e alegou preocupação com o seu quadro de saúde para não comparecer aos debates do segundo turno.
Na sexta-feira (9), mesmo sob forte chuva, Bolsonaro foi ao banco para sacar dinheiro. Ontem (11), o pesselista foi à mesma agência também para sacar dinheiro, sob pretexto de custear um churrasco de confraternização para os agentes que fazem a segurança.
Esse clássico jornalístico instantâneo concorre com duas matérias do Globo no mesmo teor.
Uma tratava do corte de cabelo que ele repetiu numa semana e outra do “pão à bolsonaro” que teria virado mania entre os cariocas (com leite condensado).
Bolsonaro está fazendo demagogia barata. É o marketing do homem do povo.
Ele é “gente como a gente”: come porcaria, corta o cabelo num barbeiro que cobra 28 reais, vai ao caixa automático, joga na Mega Sena.
Suas redes sociais estão repletas de fotos e vídeos com isso. Os otários acreditam, ou fingem acreditar, na “simplicidade” do “mito”.
JB acabou encontrando nessa mídia preguiçosa e acéfala uma aliada para compor esse retrato. Seve de legenda para a baboseira que ele fala.
As próximas “reportagens” da série: Bolsonaro vai à feira e Bolsonaro vai ao banheiro.
Talvez nem ele esperasse encontrar um terreno tão propício para prosperarem suas imbecilidades.