No táxi para casa, vindo do aeroporto de Guarulhos, o motorista comenta sobre o novo inferno em sua vida.
“Um viaduto quase caiu na Marginal Pinheiros. Finalmente o Doria deixou uma obra em São Paulo”, contou.
Em dois anos, o “gestor” legou aos paulistanos, no mundo virtual, milhares de horas de factoides em redes sociais.
No real, fantasias variadas e um viaduto quebrado ao meio, fruto, entre outras coisas, de incompetência e descaso.
Cabe mais uma vez a pergunta retórica: e se fosse o Haddad?
Certamente seria pau todo dia nos jornais.
Como não é, segue uma cobertura mandrake sobre o que Bruno Covas, o playboy viajante que substituiu “João Trabalhador” (deus do céu, o que foi essa marquetolagem?), está fazendo “para tentar minimizar o impacto no já carregado trânsito”, segundo a Folha.
A questão é o que Bruno e o antecessor não fizeram.
O gasto deste ano para a manutenção e recuperação de pontes e viadutos representa 5,37% da previsão de investimento.
Foram R$ 2,4 milhões dos R$ 44,7 milhões previstos no Orçamento.
A gestão Doria, por sua vez, liquidou R$ 1,5 milhão de um total de R$ 5 milhões previstos no Orçamento no início de 2017.
Cinco carros que passavam pelo local na hora do incidente, na madrugada de quinta, caíram de uma altura de quase 2 metros.
Foi pura sorte ter ocorrido nesse horário e não ter morrido ninguém.
O azar é de quem vive em São Paulo, entregue a picaretas e aventureiros protegidos pela mídia.
Um deles, governador eleito, ainda sairá para presidente da República, tendo para mostrar um saco vazio de maldades cometidas contra seus eleitores.