Bolsonaro está visivelmente perdido sobre que tipo de acordo fazer para apagar o incêndio. Por Fernando Brito

Atualizado em 20 de janeiro de 2019 às 9:14
Clã Bolsonaro: (da esquerda para direita) Carlos, Flávio, Jair e Eduardo posam para foto em Taiwan

PUBLICADO ORIGINALMENTE NO TIJOLAÇO

Haja carro para vender.

A coluna de Lauro Jardim, em O Globo,  noticia que, em 2014 e 2015, a conta bancária do amigo e motorista dos Bolsonaro Fabrício Queiroz serviu de vala para fluírem nada menos que R$ 5, 8 milhões.

Somados aos R$ 1,2 milhão de 2016, nada menos que R$ 7 milhões de “entra e sai” de dinheiro.

Dobra a média de movimentação mensal, agora para R$ 200 mil.

No Governo Bolsonaro, talvez só o ex-banqueiro Paulo Guedes possa se ombrear a isso.

A história que ficou, agora, totalmente implausível é a do empréstimo de R$ 40 mil do amigo Jair a um Fabrício que se meteu em dificuldades.

Quem está em dificuldades é o ex-capitão, de viagem marcada para hoje para Davos, onde vai mostrar que está “moralizando o país”.

Ele e Sérgio Moro, o ex-fiscal do que seriam indícios “consistentes” de corrupção no Governo.

O “capitão do mato” do capital, eleito sobre o alicerce da indignação da classe média com a corrução está assistindo sem reação ruir aquilo em que se apoiava.

Achava-se tão forte que poderia reinar com seus fanáticos, sua guarda pretoriana e a “turma da bufunfa”. Com o bispo e sem a Globo.

Agora, está visivelmente perdido sobre que tipo de acordo poderia ainda fazer para parar o incêndio.

Fogo é mil vezes mais fácil de acender do que de apagar.