O ministro Ricardo Vélez Rodriguez mal sabe falar português.
Seu sotaque é grotesco para quem vive no país desde 1979.
Já chamou os brasileiros de ladrões e canibais. Culpou a Veja por “descontextualizar” a imbecilidade.
Atribuiu a Cazuza uma frase do Caceta & Planeta. Pediu desculpas à mãe do cantor, Lucinha Araújo, depois que ela ameaçou processá-lo.
A nova palhaçada é o comunicado do MEC a diretores de escolas pedindo que, “no primeiro da volta às aulas”, os alunos sejam perfilados para o hino nacional e a leitura de uma carta de sua lavra.
O slogan da campanha eleitoral de Bolsonaro deve dar o fecho à coisa: “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”.
Há ainda um apelo para que essa bufonaria seja filmada e o vídeo enviado ao governo.
Obviamente que a intenção é fazer propaganda com isso.
Canta o hino não é, em si, um problema. Nem hastear a bandeira.
A questão é de onde vem a requisição e quem os estudantes estão homenageando.
Por trás disso há um culto ao lixo ideológico bolsonarista e à ala psiquiátrica da administração, cujo líder é Olavo de Carvalho.
Como lembrou o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, trata-se de algo triplamente criminoso.
“Crime contra o bom senso, contra o direito de imagem das crianças e contra o serviço público por divulgar slogan de candidato com recursos públicos”, afirma.
As instituições poderiam topar, desde que Rodríguez mandasse um videozinho dele mesmo cantando o Hino.
Eu aposto 150 mamadeiras de piroca como o sujeito não passa da terceira estrofe.