Enquanto eles batem cabeça, o país afunda. Por Fernando Brito

Atualizado em 24 de março de 2019 às 8:17

PUBLICADO NO TIJOLAÇO

Por Fernando Brito

Na primeira página de dois jornais, Estadão e Folha, o drama do Brasil que não ocupa o twitter do Presidente.

1,9 milhão de vagas com carteira fechadas para os jovens em seis anos.

40% da renda das famílias brasileiras provém de “bicos” ou de benefícios – de resto, com valor ínfimo –  dados pelo Estado.

Pretende-se aprofundar isso, com mais “flexibilização” do trabalho, inclusive a malsinada “carteira verde amarela”, na prática o fim da proteção trabalhista.

Projeto que se “casa” com o tal regime de capitalização previdenciário.

Como não contribuem, compulsoriamente, patrão e empregado, poupa para a velhice ou para a invalidez quem pode e quem quer. Uma minoria, portanto, e muito menor entre os jovens, ainda distantes da ideia de que o tempo nos corrói.

E quem não poupa? Bem, que pague por isso com uma velhice miserável, percebendo uns trocados, numa banca de camelô, vendendo queijo e linguiça.

São lixo, gente descartável, filhos de um país que não ama seu povo e que resolveu caminhar para trás,  para um “Estado de Mal Estar Social”.

Condenados a tornarem-se uma multidão de degradados, para que, um dia, quem sabe surja a ideia de que é preciso exterminá-los.