Moisés Mendes: “Não cabe ao Judiciário, tampouco ao MP, tentar proteger Moro e seus cúmplices”

Atualizado em 16 de junho de 2019 às 10:10
Cúmplices do justiceiro de Maringá. Foto: Reprodução/GGN

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“Não cabe ao Poder Judiciário ser guardião dos segredos sombrios dos nossos governantes”.

Juiz Sergio Moro, no dia 27 de novembro de 2017, em evento promovido pela revista Veja em São Paulo.

Pois agora são os segredos sombrios de Sergio Moro e dos procuradores que estão sendo denunciados, e não cabe a ninguém, muito menos ao Judiciário e tampouco ao Ministério Público, tentar proteger o ex-juiz e seus cúmplices.

Judiciário e MP não podem ser acobertadores dos delitos cometidos pelo ex-juiz e os procuradores que ele manobrava como bem entendia em Curitiba.

Mas o procurador aposentado (aos 55 anos) Carlos Fernando dos Santos Lima, que atuou na força-tarefa da Lava-Jato, emitiu uma nota em que ataca o Intercept e ameaça:

“Lembro, por fim que a liberdade de imprensa não cobre qualquer participação de jornalistas no crime de violação de sigilo de comunicações”.
Pela parte que me toca ao compartilhar o que o Intercept publica, digo apenas que não temo as ameaças do ex-procurador, que aparece nos diálogos como submisso às ordens de Sergio Moro.

O jornalismo não pode ser guardião dos crimes cometidos por homens que diziam agir em nome da lei e envolveram o Ministério Público na caçada de um juiz obcecado por um ex-presidente.

Alguém deve temer alguma coisa nesse momento. E não são os jornalistas que denunciaram o conluio.