[youtube http://www.youtube.com/watch?v=WjZe_WAjVdI&fs=1&hl=en_GB]
Se você não sabe para onde vai, nenhum vento ajuda.
É uma frase romana, ora atribuída a Augusto e ora à sabedoria popular.
Nas redações que chefiei, sempre gostei de citá-la uma, duas, várias vezes.
Foi sob a lógica dela que gostei do primeiro pronunciamento de Dilma como presidenta. Ela sabe o que quer: diminuir a miséria, uma tarefa começada indiretamente com FHC com a estabilização da economia e levada a um novo patamar por Lula com programas como o Bolsa Família. (Combatida por direitistas insensíveis e egoístas como ‘assistencialista’, mas com resultados inquestionáveis. Não foi apenas dinheiro que chegou a quem não tinha. Foi também o sentimento de que o governo estava pensando neles.)
Ponto.
O objetivo de Dilma é límpido, claro. “Não vou descansar enquanto houver crianças pobres, abandonadas à própria sorte.”
Talvez ela pudesse ter abreviado sua fala e se concentrado apenas nisso.
Senhoras e senhores, o que tenho a dizer agora que estou com a faixa é: chega de miséria. Obrigado e até amanhã, porque tenho muito trabalho.
Como ela pretende alcançar a meta é o que veremos a seguir.
Mas de novo. Se você não sabe sua meta, jamais vai alcançá-la.
Dilma sabe. É um bom começo.
Para os brasileiros, a transparência da missão de Dilma facilitará a avaliação de seu desempenho em 2014. A miséria diminuiu consistentemente, segundo as estatísticas confiáveis? Ótimo, mais quatro anos. Não diminuiu? Pena e até logo. Vamos dar oportunidade a outro.
Ou Dilma varre a miséria ou a miséria varre Dilma.