O ministro da Educação Abraham Weintraub esteve no meio de um bate boca em Alter do Chão, no Pará, onde passava férias com a família.
Numa praça, foi reconhecido.
Levaram até sua mesa uma kafta, homenagem ao famoso escritor tcheco de origem judaica que ele nunca leu e cujo nome trocou pelo da iguaria árabe.
Uma testemunha descreveu assim a cena no Globo:
Um turista que pediu para não se identificar contou que estava sentado bem próximo ao ministro quando a confusão aconteceu.
Segundo ele, ambos estavam no restaurante chamado Do Italiano, um dos principais do local, na praça principal de Alter do Chão.
O rapaz contou que os microfones estavam sendo utilizados por um casal de cantores antes da confusão. Ainda segundo o turista, o ministro levantou a filha, assustada, enquanto discutia com as pessoas ao redor.
— Ele ficou chamando as pessoas de petista e falando que estavam atrapalhando o jantar de família dele.
Num dos vídeos que circularam, é possível ouvi-lo dizendo “quem roubou o Brasil foi Lula” e gritando, descontrolado.
“Essa terra é minha”, berra, apontando para o próprio peito.
“Eu sou descendente de índio e de negro, eu sou mais brasileiro que qualquer um aqui”.
No Twitter, Weintraub fez sua vitimização.
Acusou “os mesmos que se dizem defender os direitos humanos”.
“Covardes!!! Chê matou um menino de 9 anos que ousou interceder pelo pai. Lembrei do episódio”, escreveu.
Segundo ele, suas crianças foram expostas.
Weintraub é o sujeito que zomba de estuantes e parabeniza policiais por agredi-los, faz piada com guarda chuva e chocolate, compara adversários a drogas, fala em “vagabundos da UNE” etc etc.
É um Carluxo de calças. O tratamento que recebe é o que dispensa aos “inimigos”.
Quem está na chuva é para se molhar, avisava Vicente Matheus.
A maneira de se obter respeito é se dar ao respeito.
Um ministro que se porta como um moleque não pode exigir ser tratado como um adulto.