A preleção histérica de Rogério Ceni

Atualizado em 13 de maio de 2013 às 23:24

Num vídeo, o goleiro do São Paulo parece atacado.

Atacado
Atacado

Ladies & Gentlemen:

Vejo, ao lado de Boss, num pub em Parsons Green, um vídeo.

Boss faz questão de me mostrar, e porque eu só falo ‘que mulher bonita!’ em português, ele faz as vezes de intérprete.

É uma preleção do goleiro do São Paulo, Rogério Ceni, num jogo da Libertadores.

Ladies & Gentlemen: não tive como evitar uma gargalhada brutal. Não fossem as expressões faciais do goalkeeper, eu juraria que Boss estava me enganando.

Ele parecia atacado num choque histérico ao estilo dos que, com frequência incômoda, acometem Chrissie, minha mulher azeda e neurastênica.

Chegou a cobrar de seus companheiros a crença em Deus, como se o Todo Poderoso não tivesse mais o que fazer naquela noite do que zelar pela vitória do São Paulo.

Imaginei o que Alex Ferguson, do United, teria feito numa situação bizarra daquelas.

Se cenas assim são comuns no futebol brasileiro, está explicada a decadência.

Sincerely.

Scott.

Tradução: Erika Kazumi Nakamura

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=3MNvofyBCAw&w=560&h=315]

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Aos 53 anos, o jornalista inglês Scott Moore passou toda a sua vida adulta amargurado com o jejum do Manchester City, seu amado time, na Premier League. Para piorar o ressentimento, ele ainda precisou assistir ao rival United conquistando 12 títulos neste período de seca. Revigorado com a vitória dos Blues nesta temporada, depois de 44 anos na fila, Scott voltou a acreditar no futebol e agora traz sua paixão às páginas do Diário.