“Gente corrupta tramando patifarias no submundo”: a surra moral de Gilmar Mendes nos procuradores da Lava Jato

Atualizado em 27 de agosto de 2019 às 23:28
Gilmar Mendes. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Gilmar Mendes detonou a Lava Jato na sessão da 2.ª Turma desta terça-feira, dia 27.

Segundo o ministro do STF, faltou controle sobre as atividades dos procuradores de Curitiba.

Não só controle, claro.

“Assumiram o papel de imperadores absolutos, mas não eram reis iluminados, não. Pelo contrário, gente com uma mente muito obscura, soturna”, falou.

Gilmar lembrou os diálogos abjetos revelados pelo Intercept em que procuradores tripudiaram sobre a morte de familiares de Lula e ridicularizaram o luto do ex-presidente. 

“Gente sem nenhuma maturidade. Corrupta na expressão do termo”, disse GM.

“Que gente ordinária! Absolutamente inimputáveis!” prosseguiu.

“Gente tramando patifarias no submundo. Não se imagina isso em uma delegacia no interior, e estava ocorrendo lá. Nós não estamos tendo tempo de processar isso. Gente que comemora a morte de alguém e diz que isso é uma falcatrua. Que falta de sensibilidade moral”.

Segundo ele, “descemos demais na escala da degradações”.

“Nós fomos cúmplices”.

Sim. Eis a confissão que faltava.

É mais do que hora do Supremo remediar o que fez à democracia.

Cada minuto que Lula passa na prisão em Curitiba é uma nódoa na imagem da corte e do estado de direito.

Chega. Basta.