Prefeito de Bagé (RS), que elogiou ataque de relho à Caravana de Lula, é afastado por corrupção

Atualizado em 25 de setembro de 2019 às 17:20
Caravana de Lula pelo Sul do Brasil foi recebida com relho em cidades como Bagé (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

O prefeito de Bagé, Divaldo Vieira Lara, do PTB, foi afastado do cargo na manhã desta quarta-feira, dia 25, através de medida cautelar cumprida pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul.

A decisão do desembargador relator da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande Sul também atinge os ex-secretários municipais de Finanças e do Meio Ambiente.

Eles foram denunciados por crimes licitatórios, de responsabilidade, de desvio de verbas públicas e por organização criminosa.

Também estão no bolo a ex-diretora-geral da Câmara de Vereadores, o ex-diretor do Departamento de Águas e Esgotos, o ex-secretário da Fazenda, o atual secretário do Meio Ambiente, dois servidores públicos do município e quatro empresários.

Identificaram-se irregularidades nas contratações realizadas a partir de 2017 por meio de dispensas de licitação, fracionamentos e pagamentos em duplicidade para beneficiar as empresas de três suspeitos.

A coleta de lixo da cidade tem indícios de superfaturamento tanto para este serviço quanto para a copeiragem, higienização e desinfecção de postos de saúde, cujas atividades eram realizadas por outra empresa suspeita.

Em março de 2018, Lara ficou famoso por uma canalhice: elogiou fazendeiros que, de relho em punho, espancaram jovens que acompanhavam Lula em sua caravana. 

À época, o sujeito declarou: “Reafirmo, repito e acrescento, Lula e a sua quadrilha tiveram em Bagé aquilo que mereciam ter em todas as cidades deste país. Em Bagé se trata corrupto com relho, se trata corrupto desta forma”.

“Quem paga a conta dessa corrupção toda, quem paga a conta de toda essa cara de pau do PT somos nós, a sociedade de bem”, acrescentou.

Em setembro, ele entregou um chicote ao então candidato a vice-presidente Antônio Hamilton Mourão durante visita do general ao município da Campanha.

“Não se trata de incitar o ódio ou a violência. Pelo contrário”, falou.

Espera-se que os eleitores de Lara lhe dispensem o mesmo tratamento que ele advogou para ladrões. Talquei?

Divaldo Lara com o relho que deu a Mourão